Barco de resgate é visto próximo ao Costa Concordia; o número de desaparecidos foi revisado para 29
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No registro das gravações, consta que à 01h46 (local), quando centenas de pessoas ainda estavam no navio, um oficial da capitania ordenou ao capitão Schettino que voltasse ao Costa Corcordia. Veja algumas orientações do oficial que se comunicou com Schettino:
Oficial: "agora vá até a proa, suba pela escada de socorro e coordene a evacuação. Você precisa nos dizer quanta gente ainda está lá, se há crianças, mulheres, passageiros, o número exato de cada categoria".
Oficial: "o que você está fazendo? Abandonou o socorro?". "Capitão, é uma ordem, eu estou no comando agora e você, que declarou abandono do navio, precisa ir até a proa, voltar a bordo e coordenar" (a evacuação).
O oficial da capitania perguntou ainda se havia mortos e Schettino respondeu: "quantos?" O oficial se irrita e emenda: "é você que deve me dizer se há mortos. O que está fazendo? Quer ir para casa?". "Agora você volta lá e nos diz o que podemos fazer, quantas pessoas há, quais são suas necessidades" - ordena o oficial da capitania.
Segundo testemunhas, o capitão já estava em terra antes da meia-noite, provavelmente por volta das 23h40 (local).
Em um primeiro telefonema, à 0h42, o capitão se compromete ao dizer para a capitania: "não podemos subir a bordo por que o navio está inclinando pela popa".
"Capitão, você já abandonou o navio?" - reagiu o oficial e Schettino respondeu: "Não! É claro que não." Segundo a imprensa italiana, a investigação da capitania do porto de Livorno revelou um "motim" da tripulação, que decidiu pela evacuação do navio diante da falta de ação de Schettino.
O capitão afirmou ter jogado o navio na ilha de Giglio para salvar os passageiros, após bater em um rochedo que não constava das cartas náuticas.
As equipes de resgate ainda procuram 29 pessoas que estão desaparecidas.
Combustível de navio ameaça meio ambiente
O ministro italiano do Meio Ambiente Corrado Clini anunciou nesta segunda-feira que foram detectadas manchas de óleo no mar ao redor do Costa Concordia, o que pode significar o início do vazamento de parte das 2.300 toneladas de combustível preso na embarcação.
A ilha de Giglio, palco do naufrágio, é conhecida por suas águas límpidas e é bastante frequentada por mergulhadores. Segundo Clini, dependendo das correntes, o vazamento poderia também prejudicar outras regiões e chegar à costa da Itália. Um intervenção de emergência está sendo articulada para a retirada do combustível do navio.
Fonte: www.http://br.noticias.yahoo.com
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