Destinos como Salvador x Juazeiro, Salvador x Senhor do Bonfim, Salvador x Jacobina, ou vice-versa, com viagens com duração de mais de 10 horas, os passageiros são obrigados a passar por verdadeiros apertos, literalmente, em ônibus com poltronas totalmente desconfortáveis e sem opções de bordo. Isso tudo aliado a sujeira do interior, dos banheiros fétidos e do barulho ensurdecedor.
Se comparada a outras empresas, a São Luiz (ou a Falcão Real, como quiser chamar), é notório desserviço prestado. Apenas para comparar, a Viação Camurujipe, empresa considerada de excelência, disponibiliza ar condicionado em praticamente todos os seus serviços convencionais. Em viagens realizadas à noite, o passageiro do Executivo ou Semi-Leito, além de ter acesso a monitor de TV e a rádio em suas poltronas, recebe fone de ouvido e uma espécie de cobertor para se agasalhar.
O valor da passagem no Semi-leito (de verdade), entre Salvador x Vitória da Conquista, num trecho de 520 quilômetros de distância, custa R$ 80,00 (oitenta reais), enquanto, no mesmo tipo de serviço “Semi-Leito” prestado pela São Luiz, entre Salvador x Senhor do Bonfim, num trecho de 380 quilômetros, o valor da passagem é de R$ 79,54 (setenta e nove reais e cinqüenta e quatro reais); ou seja, mesmo sendo 140 quilômetros mais próximo e sem oferecer os mesmos ‘serviços de bordo’, o preço é o mesmo.
No ‘serviço Executivo’ da São Luiz, não existe nem monitor de TV. Os veículos adquiridos recentemente, que são utilizados como “semi-leitos” igualam-se aos convencionais em termos de conforto, ou seja, praticamente nenhum.
É necessária, urgentemente, uma ação por parte da agência reguladora dos transportes da Bahia e até mesmo do Ministério Público, contra o desserviço prestado há décadas por este grupo que monopoliza o transporte de passageiros em diversos trechos rodoviários do Estado.
Gervásio Lima da Silva, jornalista/Foto: Google.
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